Depois de garantir a matrícula e os itens da lista de material escolar, providenciar o transporte escolar é a principal preocupação dos pais. A opção mais tradicional para quem não pode conduzir os filhos por conta própria devido à incompatibilidade de horários ou trajetos é o transporte oferecido pelas vans credenciadas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).
Ainda que a chegada à Capital dos aplicativos de viagens como o Uber, em 2016, tenha levado alguns pais a testar a novidade como transporte escolar (veja no quadro ao lado), as vans continuam sendo as mais requisitadas.E os preços subiram cerca de 6,5% neste ano, pela nova tabela do Sindicato dos Proprietários de Veículos Escolares (Sintepa).
O valor mais baixo, para a faixa de 1 a 20 quilômetros, deve passar de R$ 500,55 em 2016, para R$ 533,48 (no pagamento em 10 parcelas) ou R$ R$ 444,57 (no pagamento em 12 parcelas). Nada que não seja negociável, segundo o assessor jurídico da Sintepa, Jaires Maciel.
– Os pais podem procurar os donos das vans e conversar sobre este valor, para ver a possibilidade de que haja um desconto. Os proprietários geralmente estão abertos à negociação – afirma Maciel.Com o valor da mensalidade acertada, deve-se observar as condições do veículo.
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O coordenador de vistoria da EPTC, Luciano Souto, explica que, apesar do trabalho de fiscalização do órgão, é recomendável que os responsáveis também estejam atentos:
– Os pais podem acompanhar se a criança está sendo colocada no cinto de segurança e se o veículo não está transportando mais crianças do que o permitido. São itens importantes que podem ser observados diariamente.
Antes de contratar
• Verifique se o transporte é credenciado e vistoriado pela EPTC (um selo no lado superior direito do para-brisas indica a vistoria, feita a cada 120 dias).
• Informe-se se o condutor tem habilitação do Denatran e o carteirão da EPTC para transporte escolar.• Cada veículo tem um prefixo escolar que indica sua rota, pré-definida pela EPTC, com possíveis ajustes para atender a alunos cujo bairro não esteja inicialmente contemplado.
• Todas as escolas atendidas pelo veículo devem estar escritas na lateral da van.
Corridas mais caras por apps
A adoção da tarifa dinâmica, nos últimos meses, tirou a competitividade do Uber, que chegou a ser preferido pelo preço. A reportagem testou o valor de vários trechos de20 quilômetros (a faixa básica das vans escolares na Capital) entre os dias 22 e 30 de janeiro.
O mais barato saiu por R$ 30, e o mais caro, por R$ 39, uma média de R$ 34 ,50 por trajeto. No caso de um aluno que usa o transporte para ir e voltar da escola, o preço ficaria em R$ R$ 1.380 para o mês, mais do dobro do cobrado pelo transporte escolar.
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