Secretária adjunta da Seduc/RS, Iara Wortmann participou de discussões em Brasília e acompanhou o lançamento do novo Ensino Médio, que terá currículo flexível e mais horas-aula. Para a rede pública do Estado, a intenção é começar ainda neste ano as debates sobre as disciplinas que entrarão na parte flexível do currículo.
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Qual a avaliação sobre as mudanças no Ensino Médio?
Agradaram, porque os secretários de Educação estão discutindo as mudanças desde 2012. O Ensino Médio, hoje, não atende o que o aluno quer. Esta nova modelagem é uma tentativa de diversificar a oferta para atender à trajetória de vida do aluno.
Quando o Rio Grande do Sul implementará as mudanças? O Estado precisa definir as disciplinas de sua parcela do currículo.
Neste ano, vamos começar a discussão. O debate vai ouvir escolas, professores, alunos, enfim, toda a sociedade. Temos 30 coordenadorias de educação no Estado, tem de ser uma discussão regionalizada. É um trabalho hercúleo.
Os alunos já podem saber quais disciplinas terão?
Nesse momento, não. Se disséssemos agora, estaríamos ferindo a discussão com a sociedade. Em primeiro lugar, a gente tem que explicar que não é o MEC que decide a base comum curricular. Isso está sendo discutido no Brasil, é uma discussão coletiva. A partir disso, tanto as redes estaduais quanto as privadas têm autonomia para fazer seus modelos.
O MEC fala em ofertar nas escolas as novas ênfases em 2018. É factível o prazo?Não podemos perder tempo. No mínimo, o Estado terá o desenho do que poderá ofertar.
Em 2018, os gaúchos que entrarem no Ensino Médio poderão escolher qual ênfase seguir?
Isso eu não diria, pois temos de discutir com a sociedade um modelo. Vamos fazer todos os esforços para fazer em pouco tempo, mas na educação não dá para queimar etapas.
Todas as escolas vão ofertas as cinco ênfases?
A flexibilização desse modelo é a grande tônica. Uma escola pode se especializar, por exemplo, em linguagens, enquanto a outra em matemática. Acho que, num primeiro momento, esta oferta vai ser muito plural.