Papo sobre política a oficina de horta urbana: 24 horas em uma escola ocupada
Nesta sexta-feira, três promotores participaram de uma reunião entre órgãos públicos e a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) para discutir a ocupação das escolas. Além do MP, participaram representantes do Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Procuradoria Geral do Estado (PGE), Conselho Estadual de Educação e Federação de Associações de Pais e Mestres.
O sub-procurador geral do Ministério Público, Fabiano Dallazen, afirmou que reconhece como legítimas muitas das pautas apresentadas pelos alunos e acredita que elas precisam ser atendidas. Por isso, o órgão deve instaurar expedientes de acompanhamento para cada uma das mais de 100 escolas ocupadas.
Os processos serão divididos por região e ficarão sob a responsabilidade das 10 Promotorias Regionais da Educação. Para levantar as reivindicações dos estudantes, o órgão está, desde a semana passada, visitando as escolas, ouvindo alunos e pedindo informações à Seduc. Alguns expedientes já foram instaurados, mas o sub-procurador não soube precisar o número.
– Muitas das pautas estão relacionadas à estrutura e limpeza das escolas ou à necessidade de mais professores. Os estudantes podem ter segurança de que vamos acompanhar o atendimento dessas demandas – explicou.
A estratégia dos órgãos públicos, conforme Dallazen, é “esgotar o diálogo” com os estudantes, para que as pautas consideradas “legítimas” possam ser atendidas. O sub-procurador acredita que o movimento atingiu o seu objetivo, de chamar a atenção da sociedade para o problema.
– Vamos tentar, pelo diálogo, um processo de desocupação pelo atendimento das reivindicações. Esperando que haja a conscientização daqueles que ocupam de que não podem mais atrapalhar o direito dos que querem estudar, pois temos sempre que garantir o direito de todos.