Esta é a época dos planos que envolvem praia, férias, descanso. Mas não para Bruna Tondolo. A formatura da estudante de Comércio Exterior só vai ocorrer em fevereiro porque ela decidiu aproveitar disciplinas regulares (obrigatórias) no formato intensivo de verão para se formar mais cedo. Em menos de um mês, ela e os colegas estudaram todo o conteúdo de um semestre. Trabalhos e provas também fazem parte da rotina de quem tenta dar conta de uma matéria em menos tempo do que o normal.
- Fiz duas disciplinas. A praticidade de finalizá-las em menos tempo foi o principal motivo. Alguns intensivos são a distância e isso é ótimo. Facilita muito para quem trabalha em tempo integral e estuda - conta Bruna.
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Antecipar ou recuperar disciplinas, que, em geral, durariam entre quatro e cinco meses requer organização e dedicação.
- Nos Estados Unidos e na Europa é comum cursar cadeiras regulares fora do período tradicional. Eles encaram a educação como algo continuado. O verão, portanto, passa pela "rota da aprendizagem" - explica o especialista em gestão de carreira Genaro Galli, diretor de pós-graduação e extensão da ESPM-Sul.
Esse modelo intensivo tem bastante aceitação no Estado tanto que, em Porto Alegre e na Região Metropolitana, as principais universidades começam a ofertá-lo ainda em novembro. Galli conta que, nesse período, é comum ver alunos de outros Estados virem para o RS especialmente para aproveitar os intensivos. Isso porque, mais do que adiantar uma disciplina, esse formato também pode contar como horas complementares, fator obrigatório para, receber o diploma.
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- Termino o curso no segundo semestre de 2016. Fazer um intensivo agora vai aliviar um pouco a pressão da fase final da graduação. As aulas são diárias, então, o assunto estará sempre fresco na memória, diferentemente de um semestre normal, em que temos várias disciplinas ao mesmo tempo, em dias intercalados - conta a aluna de Gestão Hospitalar da Unisinos Jessica Dave.
Tanto Bruna quanto Jessica concordam em dois pontos sobre os intensivos: a rapidez e o preço são atraentes. Em geral, as universidades propõem descontos para quem se dispõe a estudar em janeiro.
- O movimento da educação continuada, sem grandes períodos fora da universidade, é contemporâneo, mas é moderno também ter equilíbrio e curtir o tempo livre - sugere Galli.