Como um processo de formação dentro da graduação, a iniciação científica é responsável pela expansão dos conhecimentos adquiridos em aula. É o primeiro contato do universitário com a pesquisa acadêmica: quando os alunos passam a aplicar os conceitos nos laboratórios e nas salas de pesquisas, ajudando professores em projetos que já estão em andamento na universidade. É a teoria posta em prática.
Estímulo à pesquisa na universidade parte de colegas e professores
Quer ser cientista? O caminho pode começar ainda no Ensino Médio
Para os estudantes, ingressar em um projeto de pesquisa pode ampliar os rumos profissionais mesmo antes de concluída a graduação, além de ser uma experiência valiosa.
- Mesmo que não permaneça na pesquisa, o jovem ganha muito com essa atividade. Ele estará em contato com novas práticas, novos conhecimentos. Além disso, participar de grupos de pesquisa ajuda no currículo - destaca a ex-diretora-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) Nádya Pesce da Silveira.
VÍDEO: estudantes da graduação explicam a importância de pesquisar
Bolsas incentivam pesquisadores
Para focar em seus projetos científicos, os jovens pesquisadores ganham bolsas, cujo valor depende da instituição e da carga horária, e não podem trabalhar fora da universidade. Os horários são combinados para que não atrapalhem as aulas.
- O aluno da iniciação científica busca várias coisas. A principal é o envolvimento mais próximo com uma atividade de pesquisa, que pode ser o início de sua carreira profissional - explica José Carlos Frantz, pró-reitor de pesquisa da UFRGS.
Frantz ressalta que a maior dificuldade dos universitários está em descobrir as bolsas e suas áreas de interesse: no começo da faculdade, muitos sequer decidiram se estão no curso certo e, se estão, qual área de pesquisa seguir.
Leia mais notícias sobre educação em Zero Hora * Zero Hora
Foi assim com Fernanda Trindade, 22 anos. Apaixonada por Biociências, ela demorou a descobrir a linha de pesquisa com a qual tinha mais afinidade. Hoje bolsista do Centro de Biologia Genômica e Molecular da PUCRS, a jovem fala com entusiasmo sobre o seu trabalho:
- É a curiosidade que nos move. Quando estamos aprendendo, surgem perguntas. É ótimo descobrir que também podemos respondê-las.