Em animação, veja onde a temperatura aumentou nos últimos anos:
Aumento do nível dos oceanos
O aumento do nível do mar se dá por dois fatores relacionados ao aquecimento global: a água que vem do derretimento do gelo da terra e a expansão natural da água quando esquenta. Em média, o nível do mar está subindo 3.17 milímetros por ano. No último século, foram 17 centímetros.
Em gráfico, acompanhe o aumento do nível do mar:
Desmatamento
Manter as florestas de pé é fundamental para combater o aquecimento, pois as plantas absorvem o CO2 e liberam oxigênio. O Brasil tem a segunda maior área de florestas do mundo, atrás apenas da Rússia, e já desmatou muito a Amazônia. Porém, os números vêm reduzindo, somos exemplo para outros países.
Em gráfico, veja o desmatamento da Amazônia nos últimos anos:
Massa de gelo
As camadas de gelo da Antartica reduziram cerca de 147 bilhões de toneladas por ano enquanto as da Groelândia perderam aproximadamente 258 bilhões de toneladas ao ano. No Ártico, a média de declínio da camada de gelo é de 13,3% por década (relativo às médias de 1981 a 2010).
Veja como ficaram alguns pontos do globo antes e depois dos efeitos das mudanças climáticas:
O ano que passou terminou com as maiores médias de temperatura desde que se iniciaram as medições e a culpa é toda nossa. Só não acredita quem não quer.
A comunidade científica, pelo menos, está convencida. Dos mais de quatro mil estudos estudos científicos que mencionam o tema, 97% atribuem as mudanças climáticas aos gases emitidos pelo homem. O percentual é resultado de um levantamento feito pelo australiano John Cook, da Universidade de Queensland, em 2013 - portanto, é possível que tenha crescido. É quase como perguntar a biólogos sobre a teoria da evolução.
Em dezembro, a Conferência do Clima, que ocorrerá em Paris, dará aos líderes políticos mundiais mais uma oportunidade de agir pelo futuro do planeta. Espera-se que seja assinado um acordo para estabelecer novas metas de redução de emissões para valer a partir de 2020 - e substituir o Protocolo de Kyoto, que foi amplamente descumprido até aqui.
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No final de 2014, durante a última conferência em Lima, no Peru, as discussões giraram em torno das responsabilidades de cada nação na redução das emissões. Uma tentativa de atender ao princípio das "responsabilidades comuns, mas diferenciadas". Porém, o texto final ainda é vago, e as discussões podem levar as obrigações de cada nação - e o nosso futuro - para qualquer lado.
Para o astrofísico Luiz Gylvan Meira Filho, ex-vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e pesquisador da Universidade de São Paulo, não há como fugir de um corte brusco.
- Uma parte do problema é politica, outra é da natureza, que não obedece a isso. Não dá para os seres humanos contrariarem as leis da física. Fisicamente, temos que reduizir 70% (aos níveis de 1990) até 2050 - explica Meira Filho.
Nos gráficos abaixo, as evidências demonstram a urgência por ações:
Níveis de CO2
Os níveis de CO2 sempre variaram durante a história da Terra. Ao respirar, as plantas retiram o CO2 da atmosfera, ficam com o carbono e soltam oxigênio. Os animais puxam o oxigênio e soltam CO2. Um balanço perfeito. Durante centenas de milhares de anos, os seres vivos foram morrendo e esse material indo cada vez mais para o fundo da Terra. Ao ser exposto a calor e pressão, se transformou nos combustíveis fósseis: petróleo, gás e carvão. E aí mora o nosso problema: todo esse carbono que demorou centenas de milhares de anos para se formar está voltando para a atmosfera em apenas algumas centenas de anos.
Veja animação com o aumento do CO2 ao longo dos anos:
Aumento da temperatura
A temperatura oscilou durante toda a história do planeta acompanhando os níveis de CO2 na atmosfera. Cientistas estimam que os gases do efeito estufa emitidos pelo homem demorem 50 anos para começar a alterar os níveis de CO2 medidos. Por isso é perceptível que, após a revolução industrial, a temperatura tenha aumentado tanto.