Caminhar e "elipticar" têm algumas características similares, e outras muito diferentes. De acordo com uma série de estudos recentes, o treinamento no aparelho elíptico, conhecido como "transport", resulta em uma maior ativação dos músculos dos glúteos e das coxas do que caminhar, embora ative menos os músculos da batata da perna. O treinamento no aparelho causa mais pressão sobre a lombar do que caminhar, algo que precisa ser levado em consideração por pessoas com problemas nas costas.
Além disso, esse tipo de aparelho também envolve cargas menores. De acordo com um estudo publicado este mês pela revista The British Journal of Sports Medicine, caminhar faz com que 112% do peso do atleta atinja o chão a cada passada, enquanto apenas 73% do peso é aplicado no treinamento elíptico. Essa pequena diferença é uma vantagem para pessoas com problemas nas juntas, mas uma desvantagem para quem deseja melhorar a saúde dos ossos.
Entretanto, se o que você deseja é queimar calorias, parece não haver diferença entre caminhar e se exercitar no aparelho elíptico. Em um estudo publicado em 2010, estudantes universitários fizeram duas sessões de exercícios com 15 minutos de duração, uma delas em uma esteira, e a outra no aparelho elíptico. Em ambos os casos eles foram instruídos a manter um ritmo "difícil, mas sustentável" (o equivalente a 4 ou 5 em uma escala de intensidade de 0 a 10).
Ao longo das sessões, os pesquisadores monitoraram o consumo de energia dos voluntários e descobriram que os resultados foram os mesmos, a despeito do aparelho utilizado. A única coisa relevante era a intensidade - e é você quem decide isso.
Se caminhar rapidamente for menos cansativo que uma sessão no aparelho elíptico, comece a andar mais depressa; ou, se preferir, aumente ou diminua a resistência do aparelho elíptico.