Dependendo do peso do cão e da quantidade consumida, o chocolate pode ser perigoso. Os estimulantes presentes na iguaria podem provocar vômitos, diarreia, agitação, taquicardia e até convulsões.
- Os cães, em geral, não conhecem limites - explica a doutora Tina Wismer, diretora médica do Centro de Controle de Envenenamento Animal da American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (ASPCA).
- Se uma pessoa consome o equivalente a 10% do peso corporal em chocolate, certamente vai passar mal, mas um cachorro de 5 kg pode comer 0,5 kg facilmente.
E quanto mais amargo o chocolate, mais tóxico ele é. No caso de um cão de 9 kg, 250 gramas de chocolate ao leite já causam convulsões; se for amargo, bastam 42. De acordo com o Manual Veterinário da Merck, os sinais de intoxicação surgem de seis a doze horas após o consumo.
- Convulsões causadas por intoxicação só cessam se forem tratadas - explica Tina.
Se você chegar em casa e se deparar com o seu animal vomitando repetidamente e extremamente agitado ou, pior ainda, se estiver inconsciente ou com as patas tremendo, leve-o imediatamente ao veterinário. Se vomitar apenas uma vez e adormecer, deve ser observado de perto em casa.
Ao contrário dos gatos, os cães gostam de doces; por isso, é aconselhável manter o chocolate guardado em armários; mesmo se mantido na bancada, corre o risco de ser surrupiado por um cachorro pulador.
Petiscos de alfarroba são uma opção segura para os cães que gostam do sabor do chocolate. Outros alimentos perigosos são passas e uvas em estado natural. O xilitol, adoçante natural encontrado nas fibras de muitos vegetais, também pode ser um grande problema porque faz cair a taxa de açúcar no sangue do animal, também levando-o a ter convulsões.