"Se tudo que criamos, tiramos da Terra combinando elementos químicos, desde um prego até um supercomputador, existe a possibilidade de descoberta de novos elementos e novas combinações?"
Wilson Echevengua Macioti, de Santa Vitória do Palmar
Recentemente, pesquisadores suecos disseram ter encontrado o elemento de número atômico 115 da tabela periódica. O isótopo radiativo durou menos de 1 segundo antes de se transformar em outras partículas. Em 2011, um designer britânico criou uma nova liga plástica usando - veja só - escamas de peixe. Por diferentes razões, novos elementos químicos e novas combinações das matérias-primas que já conhecemos são bastante recorrentes.
Catálogo dos elementos químicos conhecidos, a tabela periódica está em constante ampliação: atualmente, o elemento mais pesado é o de número atômico 118, Ununóctio. No entanto, para entrar de vez na tabela, o elemento precisa ser legitimado pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada). A última confirmação ocorreu em maio de 2012, quando garantiram seu lugar, respectivamente nos quadradinhos 114 e 116, os radiativos Flevório e Livermório. Acontece que esses elementos sintéticos superpesados são de difícil comprovação.
- A maior parte tem vidas extremamente curtas, são muito instáveis, duram frações de segundo - esclarece o químico Paolo Livotto, professor do Departamento de Físico-Química do Instituto de Química da UFRGS. - Eles são criados em quantidades muito pequenas, então é difícil comprovar que aquele elemento foi efetivamente formado.
Por sua vez, a formação de novos compostos é impulsionada pela indústria. Materiais supercondutores ou ultrarresistentes, fármacos mais potentes, novos catalisadores para processos químicos são apenas alguns dos produtos dessa busca. Cada nova descobertas suscita novas possibilidades, então essa busca não deve cessar.
- Todos os dias vai ter um fármaco novo, um produto natural isolado de uma planta, um novo material mais resistente, supercondutores - exemplifica Livotto.