Um encontro raro no céu da Escócia não passou despercebido pelo astrônomo amador Maciej Winiarczyk (veja vídeo abaixo). Ele filmou durante o entardecer do último dia 5 de agosto a aurora boreal disputar as cores do firmamento com as nuvens noctilucentes, que se formam na mesosfera, a camada mais alta da atmosfera, e podem ser vistas no crepúsculo.
Enquanto outras nuvens são compostas por vapor d'água, as noctilucentes são formadas por cristais de gelo extremamente pequenos (pense num diâmetro de 100 bilionésimos de metro), que geralmente não podem ser vistos, mas que aparecem quando iluminados pela luz solar já abaixo da linha do horizonte, enquanto as demais camadas da atmosfera estão escurecidas pela sombra da Terra.
As nuvens noctilucentes se formam a 80 km do solo, pouco abaixo de onde ocorrem as auroras boreais. Segundo Winiarczyk, as condições ideais para a observação dessas nuvens é ao longo do verão e a latitudes entre 50° e 70° a norte e sul do Equador.
Já as auroras boreais são fenômenos óticos que colorem os céus nas regiões polares. Elas aparecem quando ventos solares entram em contato com o campo magnético terrestre.