Um tablado de grama sintética cercado de câmeras, uma grande tela projetada em uma parede e a possibilidade de praticar golfe nos principais campos do circuito mundial. Assim é o simulador que a empresa Bravo Golf Zone lançou em Porto Alegre há um mês. De real, apenas o taco, a bolinha e o jogador. Depois da primeira batida, tudo passa a ser virtual.
O empreendimento na zona leste da Capital é o primeiro do Brasil a disponibilizar ao público a possibilidade de alugar o espaço para a prática do esporte em local fechado. Inédito no sul do país, o aparelho, importado dos Estados Unidos, utiliza um sistema óptico com três câmeras de alta velocidade que captam cada tacada. Após a batida em uma bola real, com um taco oficial, uma câmera trigger, que funciona como um gatilho, aciona as outras duas câmeras que disparam até 3 mil fotos, mapeando a velocidade e angulação da trajetória da bola. Assim, a esfera é projetada na tela viajando pelo campo. O movimento, associado ao cenário virtual do software, dá a impressão de se estar em um campo de golfe real, com direito a canto de pássaros e som do vento tocando as folhas das árvores.
Veja o simulador em ação:
Performance documentada
A leitura do aparelho começa já no princípio da jogada. O sensor ótico, localizado no tapete de onde parte a tacada, dá início ao processo. Quando o taco passa pelo dispositivo, é feita uma leitura do trajeto até o ponto fixo onde se encontra a bola. No momento de contato, quando há interrupção da luz, o simulador gera informações a partir da face do taco, mostrando então a posição e o ângulo onde a haste toca a bola. No momento em que o ponto branco passa pela reta iluminada, é identificado pelo trigger que aciona as outras câmeras responsáveis pelo mapeamento das informações, equipadas com lentes grande-angulares e um filtro, que permite a passagem de raios infravermelhos e faz a leitura da trajetória por contraste de luz. As informações são transformadas em movimento e estatísticas pelos softwares do simulador.
- Tudo é medido e calculado pela leitura óptica. As informações depois podem ser analisadas pelos jogadores, que, a partir disso, conseguem aperfeiçoar sua técnica - explica um dos sócios da Bravo, Sílvio Luís Jr, de 33 anos.
Após uma viagem à Coreia do Sul, Ricardo Cunha, hoje sócio de Luís Jr., voltou com a ideia de montar o simulador. Depois de algumas tentativas frustradas de encontrar parceiros, engavetou o plano. Dois anos mais tarde, resgatou o projeto e encontrou o incentivo que faltava. Cunha e Júnior se associaram e transformaram em realidade o simulador, com um investimento, só em aparelhagem, na casa dos US$ 40 mil.
Apesar de ser um dos mais modernos do mercado, o equipamento possui algumas limitações. O espaço, por exemplo, é bem menos amplo do que em um campo de verdade. Na tacada, o sensor que funciona como gatilho é ativado apenas se a bola realiza o trajeto dentro do ângulo de 35 graus identificado pela lente do trigger.
- Todo simulador de golfe tem uma limitação. Nenhum hoje, por melhor que seja, consegue substituir o campo - ressalta.
BRAVO GOLF ZONE
A possibilidade de jogar golfe com os amigos e aprender a dar as primeiras tacadas antes de entrar em um campo oficial são atrativos oferecidos pela empresa. Um campo com 18 buracos, que leva em torno de quatro a cinco horas para ser percorrido, pode ser feito em simulador em apenas 45 minutos. Só não tem o carrinho.
Onde: Avenida Ipiranga, 7.464, loja 23
Preço: R$ 120 por hora para grupos de até quatro pessoas
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 23h. Sábado e domingo, das 10h às 16h
Mais informações pelo fone (51) 8114-4986 e pelo site www.bravogolf.com.br.