Escrever continua sendo uma atividade muito especial mesmo em um mundo cada vez mais digital. Muitas vezes deixada de lado, a escrita manual exercita o cérebro de diversas maneiras. Adolescentes e adultos podem aproveitá-la para estimular a memória e desenvolver a capacidade de argumentação. Para os pequenos, ao rabiscar e colorir eles desenvolvem a coordenação motora e aprendem as noções de estética e os limites. Justamente por isso, o papel é fundamental na educação de crianças e de adolescentes.
Diariamente, ao digitar textos em tablets, as pessoas acabam perdendo a habilidade de escrever à mão. Apesar de as crianças terem uma familiaridade muito grande com essas ferramentas, os colégios ainda não abandonaram o contato com a folha. Segundo a coordenadora pedagógica do Marista Champagnat em Porto Alegre, Glauce Pires, o tempo dedicado ao ensino da caligrafia na escola diminuiu porque a letra mostra a identidade do estudante. Então, aquela forma mecânica de antigamente, padronizada, foi deixada de lado. Mas o papel, não:
– Nossos estudantes usam bastante a folha, o lápis e a caneta. Desde o 1º ano, incentivamos o uso do caderno. No 4º e no 5º ano, por exemplo, eles fazem o rascunho da redação no papel, mesmo podendo entregar o texto digitado para o professor. A escrita manual ajuda no desenvolvimento motor, auxilia na produção textual, no pensamento – argumenta.
Os benefícios de escrever à mão são inúmeros, ainda que a praticidade da digitação seja uma tentação diária. Se você faz parte do time que vive conectado, a dica é incluir pequenos hábitos na sua rotina, como manter uma agenda onde possa anotar as tarefas diárias ou algo de que precisar, ao invés de recorrer ao celular. Um pequeno passo para exercitar mais o cérebro.
Projeto Educação
E quando o assunto é ensino e papel, a CMPC Celulose Riograndense, presente no mercado internacional de celulose de fibra curta de eucalipto, está preocupada em investir na educação. A empresa doa, a cada ano letivo, em torno de 400 mil cadernos e 1,8 milhão de folhas A4 para todos os alunos matriculados na rede pública de ensino dos 57 municípios que formam a sua base florestal. Desde que foi criado, o projeto já beneficiou cerca de 8 milhões de alunos gaúchos. A cada edição, as capas são produzidas a partir de diferentes temáticas que retratam a história e a cultura do Rio Grande do Sul.