Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (13), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que apresentou na Câmara dos Deputados a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6x1, disse que texto inicial, que propõe a redução da carga horária de 44 para 36 horas semanais, é um canal para abertura do diálogo.
— A gente apresenta um número lá em cima para podermos ter de onde cortar e chegar num lugar que seja bom para todo mundo. Para o lado de lá e para o lado de cá. Precisa ser bom para o empregador, mas também precisa ser bom para o empregado — disse.
De acordo com a deputada, a intenção é que, caso proposta tramite na Câmara, debate para definir as resoluções do texto seja feito com todos os setores, para entender as necessidades e a diversidade das áreas de trabalho no país.
Erika também falou sobre a preocupação dos empresários, que afirmam que escala em formato 4x3, como previsto no texto original, seria insustentável e prejudicial para a economia do país.
A parlamentar reforçou que a proposta pode ser trabalhada, porém, afirmou que manter a jornada de trabalho atual é inaceitável e comparou a proposta com outros direitos trabalhistas, como décimo terceiro e salário mínimo.
— Essa discussão não é de agora, isso aconteceu no salário mínimo, aconteceu no 13º, aconteceu em outros debates. Tudo era um risco, tudo era impossível, porque parece que para o trabalhador sempre haverá um obstáculo — afirmou.