A produção industrial caiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado contrariou a mediana das previsões de analistas, de alta de 0,3%. As estimativas iam desde queda de 0,7% até alta de 1,5%.
Em relação a fevereiro de 2023, a produção subiu 5%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de avanço de 1,9% a 7%, com mediana positiva de 5,7%.
No acumulado do ano, a indústria teve alta de 4,3%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1%, ante avanço de 0,4% até janeiro.
Queda acumulada de 1,8% em 2 meses de recuos consecutivos
A queda de 0,3% na produção industrial em fevereiro ante janeiro fez o setor acumular uma perda de 1,8% em dois meses seguidos de recuos. No mês anterior, a produção tinha diminuído 1,5%.
Considerando apenas meses de fevereiro, a retração foi o pior desempenho desde 2021, quando houve queda de 1,5%.
— Esses dois resultados negativos em sequência eliminam parte do saldo positivo de 2,7% que vinha sendo acumulado entre agosto e dezembro de 2023 — apontou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.
Produção sobe em 13 dos 25 ramos industriais
A Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física (PIM-PF) registrou avanço em 13 dos 25 ramos industriais analisados em fevereiro ante janeiro, conforme dados do IBGE.
Em comparação a fevereiro de 2023, houve avanço de 21 dos 25 ramos.
No geral, a produção industrial caiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, de acordo com o IBGE. Em relação a fevereiro de 2023, a produção subiu 5,0%.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em janeiro de 2024 ante dezembro de 2023, de redução de 1,6% para queda de 1,5%. A taxa de dezembro ante novembro foi revista de aumento de 1,6% para alta de 1,5%.
O resultado de bens de capital em janeiro ante dezembro passou de alta de 5,2% para aumento de 9,3%. Em bens intermediários, a taxa de janeiro ante dezembro saiu de queda de 2,4% para recuo de 2,7%.
Nos bens de consumo duráveis, o resultado de janeiro ante dezembro passou de alta de 1,4% para aumento de 1,5%.
Nos bens de consumo semi e não duráveis, a taxa de janeiro ante dezembro foi revista de queda de 1,0% para recuo de 0,4%.