O comércio eletrônico deu um salto durante a pandemia de covid-19 e as vendas pela internet continuam ganhando espaço no varejo. A projeção para este ano é de que as vendas totais da Black Friday sejam ainda maiores nesta modalidade, seguindo tendência já observada no ano passado, e alcançando novo recorde.
Nas primeiras horas da promoção, contadas desde quinta-feira até as 7h desta sexta-feira (26), o comércio eletrônico brasileiro já havia faturado R$ 1,84 bilhão na Black Friday, segundo levantamento da empresa de análise de dados Neotrust. O número era estável na comparação com 2020.
Já no meio da tarde, até as 15h, o faturamento superava R$ 3,53 bilhões, com alta de 5% sobre o mesmo período do ano anterior. O tíquete médio das compras era de R$ 695,16, valor também 5% acima do registrado um ano antes. Os pedidos na Região Sul representavam 15,26% do faturamento total do e-commerce.
– Esta Black Friday vai se consolidar como a maior do e-commerce até então. O crescimento vai ser mais tímido, até um pouco abaixo do esperado, mas entendemos que está atrelado ao cenário econômico incerto. Ainda assim, crescer sobre um ano que já estava alto é ótimo – avaliou a head de Inteligência na Neotrust, Paulina Gonçalves Dias.
Os dados são atualizados de hora em hora na plataforma. O resultado consolidado da Black Friday 2021 deve ser divulgado na segunda semana de dezembro pelo site. Em 2020, as vendas na data promocional somaram R$ 5,1 bilhões, valor 31% superior ao de 2019, segundo dados da Neotrust.
Apesar dos desafios de consumo, o vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Rodrigo Bandeira, mantém a perspectiva de que os números da Black Friday este ano sejam bem positivos. Para isso, ele cita incremento de novos clientes procurando pelas compras na internet e aumento de lojas que migraram para o meio digital.
– Há uma mudança da Black Friday no país. O que era um dia de promoção, virou a semana inteira e assim acaba pulverizando – diz Bandeira.
A expectativa da ABComm é que o setor conquiste em 2021 um novo patamar. De acordo com a entidade, as vendas online já correspondem a mais de 11% do setor varejista brasileiro e a projeção é que a participação feche novembro com marca recorde de 18,7% das vendas totais do comércio.