O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta quinta-feira (11) que o governo federal estuda prorrogar por "mais alguns meses" o pagamento do auxílio emergencial. O benefício, criado para combater os efeitos econômicos da covid-19, foi encerrado em dezembro e apenas poucos pagamentos residuais foram feitos em janeiro e fevereiro.
— No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estuda a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial, que - repito - o nome é "emergencial". Não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país, e ninguém quer o país quebrado — afirmou.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a retomada do benefício em valor reduzido — de R$ 200 por três meses — está condicionada à aprovação do Orçamento de 2021 e das propostas em tramitação no Senado que preveem corte de gastos. Além disso, Guedes quer segurança jurídica para a retomada do auxílio, o que seria dado por uma cláusula de calamidade ou nova edição da PEC do orçamento de guerra.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), cobrou publicamente o ministro da Economia para que saia uma nova rodada do auxílio emergencial. Lira afirmou que "urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável" para o retorno do benefício.
Bolsonaro, em seguida, afirmou que "entendíamos, juntamente com parlamento - deputados e senadores aqui presentes que votaram favorável nestas questões - que havia a necessidade" de uma nova rodada de auxílio.
O presidente discursou no período da manhã durante cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural a 60 famílias em Alcântara (MA).
— Porque, junto com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho e vocês necessitavam de algo para ajudá-los na sobrevivência — completou.