Mesmo com o fechamento de vagas em dezembro, após cinco meses consecutivos de resultados positivos, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) encerrou 2020 com um saldo de 142.690 vagas de empregos formais criadas no Brasil. Os números foram divulgados na manhã desta quinta-feira (28).
Nos quatro meses de auge da pandemia de covid-19 — de março até junho —, o Caged registrou 1,618 milhão de demissões líquidas. Já entre julho e dezembro, 1,418 milhão postos formais foram recriados.
O resultado do mercado de trabalho em 2020 foi o melhor desde 2017, quando houve o fechamento de 20 mil vagas com carteira assinada. O saldo decorre de 15,166 milhões de admissões e 15,023 milhões demissões ao longo do ano passado.
Já o Rio Grande do Sul, prejudicado pela pandemia e pela estiagem, ficou no vermelho no acumulado do ano. De janeiro a dezembro, o Estado perdeu 20.220 vagas, o segundo pior desempenho do Brasil.
Desempenho por setor
A abertura de mais de 142 mil vagas de trabalho com carteira assinada em 2020 foi impulsionada pela construção civil. O setor liderou a criação de empregos, com a abertura de 112.174 postos formais.
Já a indústria, com forte recuperação na segunda metade do ano, criou 95.588 vagas em 2020, enquanto houve um saldo positivo de 61.637 contratações na agropecuária. No comércio, foram recuperadas 8.130 vagas no ano passado.
Apenas o setor de serviços — ainda afetado pelas medidas de distanciamento social — obteve resultado negativo no Caged em 2020, com o fechamento de 132.584 postos de trabalho formais
No ano passado, 19 Estados registraram resultado positivo e apenas oito tiveram saldo negativo.
O melhor resultado foi registrado em Santa Catarina com a abertura de 53.050 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi do Rio de Janeiro que registrou o fechamento de 127.155 vagas em 2020.