O presidente Jair Bolsonaro evitou responder à pergunta de um apoiador na manhã desta quinta-feira (14) sobre a permanência do presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, no cargo. Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse estar com pressa, que não poderia "gravar" e pediu desculpas por ser breve.
Segundo o jornal Estado de S.Paulo, Bolsonaro decidiu demitir Brandão pelo desgaste provocado com o anúncio de fechamento de 112 agências, com desligamento de 5 mil funcionários do banco. O ministro da Economia, Paulo Guedes, entretanto, ainda tenta demovê-lo da ideia.
Apesar de a reestruturação do banco ter agradado investidores e equipe econômica, o comunicado foi considerado inoportuno no momento em que o Executivo negocia apoio com parlamentares em troca de aliados nos comandos da Câmara e do Senado.
Plano do BB
O Banco do Brasil (BB) informou ao mercado na última segunda-feira (11) que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 112 agências, além da criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). O banco diz que a implementação plena das medidas deve ocorrer durante o primeiro semestre deste ano.
O plano de reorganização prevê ganhos de eficiência e otimização em 870 pontos de atendimento do país, com a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 escritórios leve digital).