Um levantamento feito pelo Centro de Estudos de Mercado de Capitais (Cemec) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo jornal O Estado de S.Paulo aponta que metade das grandes empresas de capital aberto tem recursos para aguentar até três meses sem faturar. O cenário serve como exemplo de uma paralisia nas atividades, como o reflexo da pandemia do coronavírus.
Conforme a publicação, com o dinheiro disponível em caixa, conta corrente e aplicações financeiras, elas conseguiriam pagar fornecedores, folha de salários e outras despesas operacionais no período.
O levantamento mostra que 23,3% das companhias já ficariam com o caixa negativo nos primeiros 30 dias. O número sobe para 37,1% após dois meses e para 48,6% em 90 dias. A outra metade das empresas chegaria ao final de três meses ainda com o caixa positivo, podendo arcar com as despesas por um tempo maior.
A simulação foi feita com 245 empresas e teve como base o balanço de dezembro de 2019. O estudo não embute a variação do dólar neste ano e considera que as empresas não teriam nenhuma receita (nem as vendas a prazo já feitas) e conseguiriam renegociar todas as dívidas vencidas no período.