O governo argentino anunciou neste domingo (1º) medidas de controle à saída de capitais e também exigirá que exportadores internalizem recursos obtidos com vendas no exterior em até seis meses após o embarque.
Segundo edição deste domingo do Diário Oficial argentino, haverá controle de câmbio em razões de "necessidade e urgência". A compra de dólares terá de passar por autorização do Banco Central, até 31 de dezembro.
Até 2017, exportadores tinham que retornar com a moeda estrangeira em até 30 dias. O presidente Mauricio Macri retirou estes controles a mudança foi o coração de suas propostas de campanha e uma das primeiras atitudes que tomou quando assumiu o governo.
O governo restabeleceu também os limites de compra de dólares por pessoas físicas, chamados de "cepo" no país e que vigoraram até o fim do mandato da ex-presidente Cristina Kirchner.
As pessoas físicas serão limitadas a comprar ou transferir para contas no exterior até US$ 10 mil por mês. Já os que tem poupança em dólares estão liberados a fazer retiradas, segundo comunicado divulgado neste domingo.
Embora esteja levantando controles à saída de capitais, o BC afirma que não há restrições a importações e pagamentos de dívidas de empresas no exterior.
"Não há restrições de viagens ao exterior ou ao comércio internacional", informa o comunicado.
A única restrição, afirma a autoridade, é para que empresas comprem dólares para atesourar.
Na circular, o banco central argentino também abre a permissão para que as agências estendam em duas horas o horário de funcionamento neste mês. A medida já antevê que haverá um corrida de correntistas às agências.