Pelo quarto ano seguido, o Caminhão do Peixe não voltará a atuar durante a Semana Santa em Santa Maria. A falta de documentação impede que a prefeitura use o automóvel na próxima semana, de 16 a 19, para a venda do pescado.
Conforme o Secretário Municipal de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, o caminhão é do Governo Federal – com placas de Brasília. Ele é patrimônio do Ministério da Agricultura e, por isso, mesmo que o executivo pague o imposto do caminhão (IPVA), o documento é enviado para a capital federal. Menna Barreto explica que, como houve mudanças - de superintendência, departamento, ministério e unidade - não se sabe para qual endereço é encaminhado o documento do veículo, e por isso ele não é entregue à Prefeitura.
O secretário afirma que, mesmo que cheguem os documentos, o caminhão não será utilizado na Feira do Peixe Vivo 2019. Isso porque seria preciso ter um preparo anterior para usar o automóvel, e eles não poderão organizar o uso do veículo por conta da feira do peixe.
Quando esse documento for encontrado, o caminhão volta a circular. Ele é cedido a uma associação de piscicultores da cidade, que abate o peixe, prepara e usa a parte de câmara fria para manter o produto. Aí, quando há feira na cidade, é solicitado o uso do caminhão para a venda de peixe nas feiras.
O uso do caminhão é compartilhado entre os piscicultores. O motorista e o combustível são custeados pela prefeitura, enquanto a limpeza é feita por quem está utilizando.
Feira do Peixe vivo começa na próxima semana
A partir da próxima terça-feira, Santa Maria terá 16 pontos de venda de peixe vivo para a Semana Santa. Os cerca de 100 piscicultores da cidade vão até os locais, instalam as piscinas e atendem das 8h às 20h, até quinta-feira, e das 8h às 12h na sexta-feira Santa.
O principal ponto de venda é o largo da Estação Férrea. São 12 produtores no local, responsável pelo comércio de 60% do pescado da feira. Os outros pontos estão espalhados pela cidade, em praticamente todas as regiões.
Para venda, a estimativa é comercializar principalmente as carpas – capim, cabeça grande, prateada e húngara -, jundiá, tilápia, traíra e pacu. O preço varia entre R$ 8,50 e R$ 14,50, conforme a espécie desejada pelo consumidor. A expectativa é vender 200 toneladas de pescado. Santa Maria tem cerca de 100 produtores de peixe. Toda a produção da feira é local.