A Promotoria de Tóquio solicitou uma nova ordem de prisão contra o executivo brasileiro Carlos Ghosn por suspeitas de que ele também tenha declarado rendimentos abaixo do que realmente recebeu por outros três anos.
Ghosn, demitido da presidência nos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi Motors após sua detenção em Tóquio, em 19 de novembro, está preso desde então por suspeita de ter ocultado das autoridades financeiras quase 5 bilhões de ienes (38 milhões de euros) de rendimentos em cinco anos, de acordo com os investigadores japoneses.
As novas acusações contra o executivo, que segundo a imprensa poderiam resultar na prorrogação de sua detenção durante 22 dias, a partir de 10 de dezembro, incluem a ocultação de 4 bilhões de ienes (31 milhões de euros) de seus rendimentos durante outros três anos.
As investigações também podem ser ampliadas por outros motivos, algo habitual no Japão, pois a Nissan acusa Ghosn de ter cometido abusos de bens sociais, como o uso de residências de luxo às custas do grupo.
Ghosn está na cela de uma prisão da zona norte de Tóquio. Os advogados de defesa não podem acompanhar as audiências e o regime de visitas é muito limitado.