Diante da queda de 86% na arrecadação das entidades sindicais desde a reforma trabalhista, uma das maiores organizações de trabalhadores de Porto Alegre, o Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec), está recorrendo a demissões para reduzir custos e colocando boa parte de seu patrimônio à venda para sobreviver. A entidade se desfez de um imóvel onde ficava a sede da Força Sindical, por R$ 700 mil. A frota de 15 carros próprios foi negociada. Para os deslocamentos necessários, foram locados quatro veículos. O quadro de funcionários foi enxugado. Eram 190. Agora, são 140 pessoas. Alguns dos desligados tinham décadas de casa, e significam rescisões caras que também precisam de recursos vultosos.
Crise
Sem recursos, sindicatos vendem patrimônio e diminuem serviços prestados
Imposto sindical obrigatório, que garantia cerca de 80% dos recursos das entidades de trabalhadores, foi extinto com a reforma trabalhista
Caio Cigana
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