
As três distribuidoras de combustível envolvidas na redução de mais de R$ 0,50 no preço da gasolina na última semana têm até esta quinta-feira (01) para se manifestar ao Ministério Público Federal (MPF). A notificação foi encaminhada às empresas na tarde desta terça-feira (27), mas o prazo de 24h só começou a contar na quarta (28).
Os investigadores querem saber os motivos e como foi possível reduzir tanto o preço ao consumidor. A suspeita é de que as distribuidoras tenham praticado dumping, prática em que empresas de um setor reduzem os preços bruscamente para eliminar concorrentes e concentrar o mercado. Dessa forma, a longo prazo é possível praticar preços mais altos.
A apuração da redução de preços começou após a denúncia do proprietário de um posto de combustíveis. Na tarde de terça, antes da notificação às distribuidoras, o advogado do empresário foi ouvido pelo MPF e apresentou mais documentos que podem ajudar na investigação. Os investigadores aguardam o retorno das empresas para decidir se instauram inquérito civil.
O Procon de Caxias do Sul também apura o caso e diz ter recebido relato de que pelo menos um dono de posto foi obrigado pela distribuidora a reduzir os preços. Caso não aceitasse, o fornecimento do combustível à revenda ficaria mais caro. O órgão de defesa do consumidor disse que também encaminharia o caso ao Ministério Público Estadual, mas até a manhã desta quarta a Promotoria de Justiça Especializada não havia recebido a documentação.