O governo central registrou déficit primário de R$ 124,401 bilhões em 2017, um rombo menor do que o saldo negativo de R$ 161,276 bilhões de 2016. O déficit do ano passado correspondeu a 1,9% do PIB e ficou abaixo do que era permitido pela meta fiscal, que previa déficit de até R$ 159 bilhões.
Em dezembro, as contas do governo central — que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central — registraram déficit primário de R$ 21,168 bilhões, o melhor desempenho para o mês desde 2014. Em dezembro de 2016, o resultado havia sido negativo em R$ 62,446 bilhões.
O resultado de 2017 ficou acima das expectativas do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 126,6 bilhões, de acordo com levantamento com 13 instituições financeiras. O dado ficou dentro do intervalo das estimativas, que foram de déficit de 141,6 bilhões a R$ 111,594 bilhões.
Para dezembro, o resultado ficou dentro do intervalo colhido pela pesquisa e acima da mediana. As expectativas foram de déficit entre R$ 39,7 bilhões e R$ 9,675 bilhões, o que gerou mediana negativa de R$ 24,365 bilhões.
Em 2017, as receitas do Governo Central subiram 1,6% na comparação com 2016, enquanto as despesas aumentaram 2,5%. O resultado de dezembro representa uma alta real de 14,5% nas receitas em relação a igual mês do ano anterior. Já as despesas tiveram queda real de 8,2%.
As contas do Tesouro Nacional — incluindo o Banco Central — registraram um superávit primário de R$ 58,049 bilhões em 2017. Em dezembro, o déficit primário nas contas do Tesouro Nacional (com BC) foi de R$ 11,485 bilhões. As contas apenas do Banco Central tiveram déficit de R$ 761 milhões em 2017 e de R$ 40 milhões em dezembro.
No ano passado, o rombo do INSS foi de R$ 182,450 bilhões. Em dezembro, o resultado da Previdência foi negativo em R$ 9,684 bilhões.