O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Fernando Rocha, avaliou nesta quarta-feira (30) que a piora no déficit primário do Setor Público Consolidado no acumulado dos sete primeiros meses do ano se deve ao desempenho da Previdência. Entre janeiro e julho, o rombo nas contas públicas foi de R$ 51,3 bilhões.
Por outro lado, Rocha apontou que o desempenho primário dos governos regionais em 2017 tem melhorado ante 2016. Segundo ele, as transferências constitucionais e as receitas próprias explicam o superávit de R$ 16,3 bilhões dos governos estaduais e municipais em 2017.
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O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central comentou que houve discrepância estatística de R$ 6,2 bilhões entre os resultados calculados pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional.
Na terça-feira (29), o Tesouro divulgou déficit de R$ 20,1 bilhões para o governo central em julho, enquanto as contas do BC mostram resultado negativo de R$ 13,9 bilhões no mês.
– Essa discrepância sempre é maior nos meses de janeiro e julho em função da equalização de juros dos bancos públicos. O BC apura esses pagamentos mensalmente e o Tesouro apura semestralmente – explicou.
Rocha voltou a dizer que a Previdência permanece em sua trajetória de déficits crescentes.
– O INSS continua sendo o principal responsável pelo saldo negativo – afirmou.