Com a expectativa de apresentar medida provisória sobre o tema ainda nesta semana, o Ministério do Planejamento já definiu as regras básicas para a adesão de funcionários públicos federais ao Programa de Demissão Voluntária (PDV). Com a medida, o governo espera atrair pelo menos 0,75% dos servidores que estão na ativa – cerca de 5 mil funcionários. A data a abertura do programa, entretanto, ainda não foi definida, e os reflexos econômicos dos desligamentos deverão ser sentidos apenas em 2018.
A princípio, todos os funcionários públicos federais poderão aderir ao PDV, exceto sete grupos já definidos pelo Planejamento.
Confira quem não poderá ingressar no programa:
– Servidores que estão em estágio probatório;
– Servidores que já tem requisitos para se aposentar;
– Servidores que tenham se aposentado e que tenham reingressado em cargo público inacumulável;
– Servidores que, na data de abertura do PDV, estejam habilitados em concurso para ingressar no serviço público federal;
– Servidores condenados a perda do cargo em decisão judicial transitada em julgado;
– Servidores em licença por acidente;
– Servidores em licença para tratamento de saúde.
Leia mais:
PDV deve atrair menos de 1% dos servidores federais na ativa; entenda
Especialistas questionam eficácia de PDV de servidores federais
Governo prepara programa de demissão voluntária para servidores federais
As áreas da administração federal que serão afetadas pelo PDV ainda não foram definidas. Por meio de nota, o Planejamento informou que a pasta "ficará responsável por definir quais carreiras, órgãos e regiões geográficas" serão atingidas pelo programa. Assim, o PDV será válido para todos os servidores públicos enquadrados nas áreas escolhidas pelo governo, e ainda não está definido se áreas prioritárias, como segurança, saúde e educação, serão incluídas no programa de demissão voluntária.
Se aderir ao PDV, o servidor público federal terá direito a 1,25 do salário para cada ano trabalhado e deixará de participar do Regime Próprio de Previdência Social. Além disso, os funcionários públicos terão outras duas possibilidades, também opcionais: reduzir a carga horária com perda proporcional no salário ou entrar em licença sem remuneração durante três anos (em troca, o servidor recebe o valor equivalente a três meses do salário como incentivo).
Cerca de 1,3 milhão de funcionários estão na ativa no Brasil. Incluindo inativos, o custo dos servidores públicos federais para os cofres da União somam R$ 266 bilhões ao ano.