A produção industrial do Brasil cresceu 4% em maio na comparação com o mesmo mês de 2016. Conforme os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (4), o resultado representa a maior elevação do setor desde fevereiro de 2014, quando houve avanço de 4,8% – o período equivale a 39 meses.
Em relação a abril, na série com ajuste sazonal, a indústria brasileira também cresceu: 0,8%. Com o desemprenho, o setor acumula acumula alta de 0,5% nos primeiros cinco meses de 2017. Nos últimos 12 meses, no entanto, a indústria ainda soma recuo de 2,4%.
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Veículos automotores
A produção industrial cresceu em 17 dos 24 ramos pesquisados na passagem de abril para maio, segundo o IBGE.
O principal impacto positivo foi registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias, com avanço de 9,0%, puxado pela fabricação de automóveis e caminhões. O resultado de maio foi o mais elevado para o segmento desde dezembro de 2016, quando tinha crescido 10,4%. No mês anterior, a fabricação de veículos já tinha expandido 3,9%.
Outras contribuições positivas relevantes foram de produtos alimentícios (2,7%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,0%).
Na direção oposta, entre os seis ramos que encolheram no mês, as perdas mais importantes foram dos segmentos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,2%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos.
Revisão
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de abril ante março, de 0,6% para 1,1%. A taxa de março ante fevereiro passou de -1,3% para -1,6%.
Houve revisão ainda na produção de bens de capital de abril ante março, que passou de 1,5% para 1,9%. A taxa de março ante fevereiro saiu de -2,2% para -1,9%, enquanto a de fevereiro ante janeiro passou de 5,9% para 6,2%.
O IBGE revisou também a produção de bens de consumo duráveis em abril ante março, que saiu de 1,9% para 2,9%. A taxa de março ante fevereiro passou de -7,2% para -7,4%.
Nos bens intermediários, o resultado de abril ante março foi revisto de 2,1% para 2%.