A Justiça Federal do Paraná aceitou denúncia contra 59 pessoas na Operação Carne Fraca – que investiga venda de carne adulterada. A decisão é do juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba. Com a medida da Justiça, os denunciados passam a ser considerados réus. No total, o MPF havia denunciado 60 pessoas. As informações são do portal G1.
Leia mais:
Carne Fraca: temporada de feiras de terneiros inicia com preços mais baixos
Ministério abre processo para fechar três frigoríficos
Ação rápida impediu impacto nas exportações
O magistrado indica a força dos indícios apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como o principal motivo para a decisão. Crimes como corrupção ativa e passiva, prevaricação, concussão, violação de sigilo funcional, peculato, organização criminosa e advocacia administrativa teriam sido praticados pelos réus.
Segundo as investigações, o ex-superintendente do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Paraná, Daniel Gonçalves Filho seria um dos líderes da rede que praticava as fraudes.
Irregularidades cometidas no âmbito das atribuições dos funcionários e na atuação deles junto a empresas investigadas são apontadas nas denúncias.
Na operação, as autoridades apontaram irregularidades na produção e venda de carnes e similares impróprios para consumo ou até mesmo estragados. O esquema, descoberto em três Estados – Paraná, Goiás e Minas Gerais – envolvia funcionários públicos responsáveis pela fiscalização e empresários que se protegiam e trocavam benesses.