O Comitê de Política Monetária (Copom) reconheceu avanços no combate à inflação, mas destacou na ata publicada nesta terça-feira, que, mesmo com a melhor condução da política de juros, a inflação ainda deve oscilar em torno da meta - que é de 4,5% para 2016, 2017 e 2018.
O documento alega que por causa da "substancial incerteza associada a projeções de inflação nos horizontes relevantes" para a condução da política monetária, com a incidência de choques favoráveis e desfavoráveis na economia ao longo do tempo, como é natural, é de se esperar que, "mesmo sob condução apropriada da política monetária, a inflação realizada oscile em torno da meta.
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A ata reforçou que há riscos inerentes à condução da política monetária. O documento destacou que a política monetária tem impacto sobre a economia com defasagens longas, variáveis e incertas. Os membros do comitê concordaram, de acordo com a ata, que houve uma melhora perceptível do cenário macroeconômico e que os indicadores recentes mostram perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo.
– Essa perspectiva é corroborada pela melhora de alguns indicadores prospectivos da atividade econômica – escreveram os membros do Copom.
Em relação à inflação, os membros concordaram que houve progressos.
–Entretanto, a desinflação em curso tem procedido em velocidade aquém da almejada – reforçaram, como já tinham sinalizado em outro trecho do documento.
O BC acredita que haja perspectiva de progresso nesta área, o que é corroborado pela queda das expectativas de inflação para 2017 e 2018. Na segunda-feira, o Relatório de Mercado Focus trouxe que a mediana das projeções para o IPCA de 2018 está em 4,5%, exatamente no centro da meta. Já para 2017, a estimativa caiu levemente de 5,30% para 5,29% de uma semana para outra.