Com a suspensão de recursos destinados para a compra de ração dos cães da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), os detentos da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) começaram a produzir para as casas prisionais de todo o Estado.
Conforme a assessoria de imprensa da Susepe, a orientação feita às casas prisionais é que os cães fossem alimentados com restos da comida das prisões. No entanto, de acordo com o delegado da Susepe em Santa Maria, Anderson Prochnow, os bichos começaram a ficar desnutridos.
“Eles trabalham em ações policiais, em revistas nas penitenciárias e fazem a guarda. São animais treinados para isso e precisam estar bem alimentados para executar essas ações”, diz.
Por conta disso, foi posto em prática um projeto que colocou os detentos da Pesm na produção de ração.
O professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Marcelo Cecim, desenvolveu uma forma que é nutritiva e até 90% mais barata que a do mercado. O equipamento necessário para produção foi adquirido por meio de verba da Vara de Execuções Criminais de Santa Maria. Trinta detentos foram treinados e agora produzem, por mês, 500 kg de ração que alimentam 400 cães em todo o Estado. Em Santa Maria, são 24.
O detento, a cada três dias trabalhados, diminui um dia de pena. Após cumpri-la, recebe um certificado.
A deputada Regina Becker (Rede) virá à Santa Maria na sexta-feira (24) para conhecer a atividade na Pesm com o objetivo de desenvolver e apresentar um projeto ao Estado para que estenda a iniciativa para outras casas prisionais.