O dólar opera em alta nesta quinta-feira, após o Senado Federal aprovar, no início da manhã, o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Às 12h20min, a moeda americana subia 1,6%, cotada a R$ 3,5016. Até o final da tarde, o presidente interino Michel Temer deve confirmar nomes da equipe econômica.
Estrategista da JK Capital, José Kobori sublinha que o mercado corrige, nesta quinta-feira, "alguns exageros" dos últimos dias, em que o dólar havia registrado quedas significativas diante da iminente saída de Dilma. No entanto, o economista salienta que é difícil traçar cenários para a moeda americana nos próximos pregões.
– No curto prazo, há uma volatilidade muito grande, que se representa por motivos especulativos – sustenta.
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Na quarta-feira, dia de início da sessão do Senado sobre o impeachment, o dólar fechou em queda de 0,6%, a R$ 3,4456 na venda. Na semana, o dólar acumula baixa de 1,63%. Em maio, a moeda americana apresenta avanço de 0,15%. Em 2016, o recuo do dólar chega a 12,7%.
Ibovespa muda de direção
A exemplo da moeda americana, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta nesta quinta-feira. No entanto, o índice Ibovespa mudou de direção durante a sessão e passou a cair. Às 12h19min, o indicador baixava 0,40%, a 52.555 pontos.
Logo após a abertura do mercado, as ações ordinárias da JBS avançavam 10,22%, a maior valorização do pregão. No sentido oposto, os papéis preferenciais da Bradespar recuavam 2,45%, a queda mais intensa.
Na quarta-feira, o Ibovespa operou em alta em parte do dia. Entretanto, no início da tarde, passou a cair e encerrou o pregão com queda de 0,58%, aos 52.764 pontos.
Europa
Na manhã desta quarta-feira, bolsas da Europa apresentavam baixas. Em Lisboa, o EuroStoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona do euro, estava em queda de 1%, com 2.927,19 pontos.
Já os pregões de Londres, Paris e Frankfurt apresentavam reduções de 1,05%, 0,65% e 0,98%, respectivamente, bem como os de Madrid e de Milão, com recuos de 0,91% e 0,64%.