A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,51% em abril, após subir 0,43% em março. Divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, a taxa é a menor para o mês desde 2012, quando chegou a 0,43%.
Considerado uma prévia da inflação oficial, o IPCA-15 acumula aumento de 3,32% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses até abril foi de 9,34%.
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O IPCA-15 tem a mesma metodologia do IPCA e se refere a famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. Abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
Alimentação e Bebidas
Entre os grupos, Alimentação e Bebidas acelerou o ritmo de alta de preços de 0,77% em março para 1,35% em abril, informou o IBGE. Os alimentos contribuíram com 0,34 ponto porcentual para a inflação do mês, respondendo por 67% da taxa de 0,51% do IPCA-15 de abril.
O item frutas ficou 8,52% mais caro, a maior contribuição individual para o IPCA-15, de 0,09 ponto porcentual. Outros aumentos relevantes foram o açaí (11,80%), cenoura (8,77%), leite (5,76%), hortaliças (5,02%), batata-inglesa (4,80%) e feijão carioca (4,19%). Na direção oposta, houve redução nos preços do tomate (-8,63%) e da cebola (-3,35%).
Energia elétrica
A tarifa de energia elétrica ficou 2,86% mais barata em abril, dentro do IPCA-15. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,11 ponto porcentual.
O movimento é resultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária sobre as contas de luz. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela.
As contas de energia elétrica ficaram mais baratas em todas as regiões pesquisadas, especialmente em Salvador (-6,63%). Em algumas regiões, inclusive em Salvador, houve ainda queda no valor das alíquotas do PIS/Cofins.