Presa no atoleiro da crise junto com o resto do setor automotivo, a Randon registrou prejuízo líquido de R$ 4,5 milhões no terceiro trimestre, ante lucro de R$ 32,7 milhões no mesmo período do ano passado. Com o desempenho, que segue a tendência do setor, a fabricante virou para o vermelho no acumulado do ano, e acumula rombo de R$ 3,6 milhões nos nove primeiros meses de 2015.
O resultado da empresa gaúcha entre julho e setembro, na comparação com 2014, foi puxado pela queda nas vendas, decorrência da baixa demanda do ano. A receita da companhia caiu 3,8% em relação ao ano passado, para R$ 853 milhões. No acumulado do ano, fica ainda mais claro o momento ruim do setor: a receita líquida até setembro somou R$ 2,3 bilhões, queda de 20% em relação a 2014.
Apesar do desempenho negativo nos últimos três meses, a Randon viu uma leve recuperação nos volumes de venda em relação ao ritmo do primeiro semestre. Conforme a empresa afirma no balanço, isso pode indicar que o setor já encontrou o fundo do poço, e agora começa a procurar o caminho de volta à superfície.
"Ainda que distante dos volumes tradicionalmente demandados entende-se que os números verificados nos últimos meses demonstram que o segmento já atingiu seus patamares mínimos para 2015 e a piora verificada no primeiro semestre não teve continuidade", avalia a fabricante.
Mesmo que comece a enxergar a luz no fim no túnel, a recuperação até os patamares pré-crise deve ocorrer em marcha lenta. As perdas com a queda nas vendas em 2015 pagaram seu preço não só no balanço da Randon. A empresa informou que terminou setembro com 9.265 funcionários, redução de quase 20% em relação ao tamanho do quadro no mesmo período de 2014