Em um pregão marcado pela expectativa da divulgação do balanço auditado da Petrobras, a bolsa de valores registrou forte alta, enquanto o dólar teve baixa nesta quarta-feira. Puxado pelos papéis da Vale, o Ibovespa, principal índice acionário do país, subiu 1,59%, aos 54.617 pontos. Já a moeda americana caiu 0,62%, e fechou cotada a R$ 3,0083 - na mínima do dia, o dólar chegou a cair para abaixo de R$ 3.
Agendada para ocorrer após o fechamento do pregão, a divulgação dos resultados financeiros da Petrobras referentes ao terceiro e quarto trimestre de 2014 causou instabilidade nos negócios. Os papéis da estatal oscilaram durante a maior parte da sessão, demonstrando cautela por parte dos investidores.
Atrasado em quase cinco meses, o balanço auditado da Petrobras deverá incluir em seus registros os prejuízos decorrentes dos desvios constatados pelas investigações da Operação Lava-Jato.
Em janeiro, a estatal chegou a divulgar os resultados contábeis do terceiro trimestre do ano passado, contudo, sem a verificação da consultoria PricericewaterhouseCoopers (PwC). Nesse balanço, não estava discriminado o impacto do esquema no patrimônio da empresa, apenas constava uma estimativa preliminar de que seus ativos estariam superestimados em R$ 88 bilhões. A conta, porém, não distinguia quanto desses recursos teriam sido desviados e quanto diriam respeito a problemas na execução de projetos e mudanças no câmbio.
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A metodologia para fazer esse cálculo precisa atender às exigências de órgãos reguladores não só do Brasil (Comissão de Valores Mobiliários), mas também dos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission), onde papéis da empresa são negociados.
Vale puxa alta da bolsa
O principal destaque da bolsa, que ajudou a puxar a alta do Ibovespa, foi a Vale. As ações da mineradora subiram quase 10%, repercutindo o aumento em 4,9% da produção de ferro no primeiro trimestre. Também contribuiu para a alta da Vale - e de outras companhias do setor - a forte valorização do minério de ferro no mercado chinês, que é o maior importador mundial da matéria-prima