
O cenário descrito pelos industriais gaúchos em fevereiro não mostrou qualquer sinal de reversão no quadro de desaquecimento do setor fabril. Na comparação com janeiro, o índice de produção recuou 3,0 pontos, totalizando 40,6. Conforme o levantamento da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o emprego (46,6 pontos) completou um ciclo de 10 meses em queda e a ociosidade da utilização da capacidade instalada (33,7 pontos) é a maior já apurada nesse período.
- As expectativas dos empresários continuam se deteriorando, indicando que esse quadro tende a se manter, o que deprime os investimentos e o mercado de trabalho -avaliou o presidente da entidade, Heitor José Müller.
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Com exceção das exportações, as expectativas para os próximos seis meses continuaram negativas e mais disseminadas entre os empresários. Nesse sentido, a demanda interna (47,3 pontos) deverá continuar caindo e impactando negativamente o emprego (44,1 pontos) e as compras de matérias-primas (45,3 pontos). Já o indicador sobre as vendas externas voltou a crescer (53,1), influenciado pela alta do dólar.
Desenvolvida mensalmente pela Fiergs, a Sondagem Industrial RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos.