Pode sair nesta quarta-feira a esperada decisão do Federal Reserve, banco central dos EUA, sobre o início do processo de retirada dos estímulos - a cada mês são US$ 85 bilhões - para a recuperação da economia do país. Com a decisão, principalmente com a velocidade da retirada, poderá se ter uma ideia mais exata de como ficará a valorização do dólar e, no nosso caso, a desvalorização do real. Dificilmente outro ponto terá tanto peso na definição da cotação da moeda americana quanto o ritmo de retirada dos estímulos, adotados para reduzir os efeitos da crise global.
O presidente do Citibank no Brasil, Helio Magalhães, é um dos que está de olho na decisão, mas ele já vê a recuperação da principal economia do mundo como consolidada. Só não é lá muito acelerada porque o porte é muito grande:
- Houve o impasse do orçamento, que impactou o trimestre, mas as perspectivas são positivas. E a transformação da matriz energética, com o gás de xisto, certamente vai impulsionar investimentos. A recuperação econômica com esses novos negócios é uma boa combinação.
Enquanto na Europa a saída é lenta, sem perspectiva de ser mais rápida, embora já tenha iniciado, o Brasil, defende o executivo, deve ficar atento ao que se passa na China, onde a mudança do modelo de crescimento do investimento para o consumo tem caminhado bem. As expectativas eram piores do que a realidade e, mais uma vez, o país asiático mostra que "executa bem as estratégias":
- Sair do motor do investimento para o consumo é uma estratégia importante e parece que tem sido feita de uma boa forma.