A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou queda de 0,29% no mês de julho ante alta de 0,33% em junho, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor -7 Classe 1 (IPC-C1) - divulgado nesta sexta-feira, 9, pela Fundação Getulio Vargas. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços nas famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,74% no ano e de 5,84% em 12 meses.
A taxa do IPC-C1 em julho ficou abaixo da inflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou queda de 0,17% em julho. Já a taxa de inflação acumulada em 12 meses no IPC-C1 foi maior do que a apresentada para o mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 5,84% no mesmo espaço de tempo.
Seis das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram redução em suas taxas de variação: transporte (para -1,54% ante 0,88 em junho), alimentação (-0,54% ante -0,22%), habitação (0,29% ante 0,67%) e vestuário (-1,04% ante 0,51%), saúde e cuidados pessoais (0,26% ante 0,39%) e comunicação (0,05% ante 0,29%).
Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (-2,38% em julho contra 1,53% em junho), em função do recuo no aumento das passagens após as manifestações de ruas no País. Também se destacam a queda de preços de hortaliças e legumes (-12,35% em julho ante -6,60%, em junho), tarifa de eletricidade residencial (-0,37% ante 0,83%) e roupas (-1,29% ante 0,75%).
Em contrapartida, apresentaram aceleração na inflação os grupos despesas diversas (0,44% em julho ante 0,29% no mês anterior) e educação (alta de 0,48% ante 0,31%, em junho). As influências para a elevação de preços nesses segmentos vieram do item alimentos para animais domésticos (alta de 1,69% ante 0,02%, em junho) e hotel (2,73% em julho contra -0,58% em junho).