Argumentando prejuízos aos consumidores por conta de um possível aumento das passagens aéreas, o órgão de defesa da concorrência do governo dos Estados Unidos entrou com uma ação para bloquear a fusão entre a US Airways e a AMR Corp, dona da American Airlines. O negócio, que criaria maior companhia aérea comercial do mundo, com valor de mercado de US$ 11 bilhões, foi anunciado em fevereiro deste ano.
Em comunicado, o Departamento de Justiça dos EUA justifica a ação que pretende impedir a união das duas companhias aéreas afirmando que "esta fusão seria traduzida com um aumento das passagens aéreas para os consumidores em decorrência da redução do serviço". O objetivo da ação, portanto, seria "manter a concorrência" no setor. Caso o negócio fosse concretizado, apenas quatro empresas concentrariam 86% das viagens por avião nos EUA.
"O transporte aéreo é vital para milhões de consumidores americanos que voam regularmente por trabalho ou por prazer", destacou o procurador-geral Eric Holder, citado no comunicado. "Ao questionar essa fusão, o Departamento de Justiça está dizendo que os americanos merecem coisa melhor".
Conforme o Departamento de Justiça, as empresas atualmente competem em mais de mil trajetos. A fusão provocaria uma concentração de mais de 80% do mercado americano de transporte aéreo comercial entre apenas quatro empresa, segundo o governo. A ação judicial para frear a união teve associação de seis Estados americanos, mais o Distrito de Columbia (DC, o equivalente ao Distrito Federal nos Estados Unidos) e foi apresentada a um tribunal de Washington. Na bolsa, as ações da US Airways caíam 6,40%, a 17,61 dólares no início da tarde.