Enquanto o Estado segue com as barreiras de fiscalização, o governo paraguaio realiza nesta segunda-feira duas importantes ações para conter o foco da doença.
O abate sanitário dos animais infectados está marcado para a manhã desta segunda, quando também ocorre uma reunião entre o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e o conselho de ministros para avaliar a situação no país.
O gerente de emergência sanitária do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (Senacsa, na sigla em espanhol), Manuel Barboza, disse ao jornal Ultima Hora que os 154 animais da fazenda Nazareth, onde foi confirmado o foco, serão sacrificados durante a manhã desta segunda.
O trabalho deve se estender até o meio-dia e inclui outros 19 animais que tiveram contato com o gado infectado. O procedimento já havia sido adotado em setembro, quando o Paraguai foi registrado outro caso de aftosa, também no departamento de San Pedro. Na época, coube a atiradores do Exército a tarefa de sacrificar 821 bovinos.
As autoridades paraguaias também seguem com processo administrativo para apurar as responsabilidades pelo surgimento do novo foco. Se houver comprovação de que a falha foi do Senacsa, Gustavo Trugger, dono da propriedade terá direito à indenização. Do contrário, poderá ser punido.
Uma análise detalhada do impacto causado pelo novo foco de aftosa deve ser elaborada durante a reunião de Lugo com os ministros. Dirigente do Partido Colorado, Luis Alberto Castiglioni, tem criticado a administração:
- Se o governo continuar gerenciando de maneira pouco responsável a crise da febre aftosa, a suspensão da exportação pode se estender por longos anos, não apenas por 18 meses -- afirmou Castiglioni ao Ultima Hora.
Cerco à aftosa
Paraguai fará abate de animais em propriedade onde foi confirmado novo foco de febre aftosa
O sacrifício dos 154 animais da fazenda Nazareth será realizado na manhã desta segunda-feira
GZH faz parte do The Trust Project