O presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (Senacsa), Daniel Rojas, acusou o dono da propriedade rural onde foi detectado foco de febre aftosa de cometer irregularidades, e avalia a possibilidade de impor sanções ao criador, segundo informações do site do jornal paraguaio Última Hora.
Rojas ressaltou que quando os técnicos sanitários foram fazer a vacinação nos animais da propriedade encontraram diferença no número de cabeças de gado.
Por outro lado, o proprietário da estância, Gustavo Trugger, quer uma indenização de 1,9 milhão de guaranis (o equivalente a cerca de R$ 793,00) para cada um dos animais que deverão ser sacrificados. Trugger responsabiliza as autoridades sanitárias e diz que um "excesso de vacinas" pode ser a causa do surto da doença.
O foco de febre aftosa foi confirmado nesta segunda-feira pela agência de saúde na estância de Nazaré, distrito de San Pedro, que tem 154 bovinos, ainda de acordo com o jornal Última Hora. A propriedade fica a 20 quilômetros de onde outro foco da doença foi detectado, em setembro do ano passado. A recorrência da aftosa coloca em risco o mercado pecuário e ameaça outros criadores.
Em nota oficial, o Senacsa informou que "está adotando todas as medidas pertinentes ao caso, segundo estabelece o Manual de Procedimentos de Atenção a Focos do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa".
No Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Agricultura definiu medidas emergenciais para conter a entrada de gado com aftosa do Paraguay.
Pecuária
Governo paraguaio estuda impor sanções contra dono de propriedade com foco de aftosa, diz jornal
Segundo imprensa paraguaia, criador quer indenização pelos animais que serão sacrificados
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