Os representantes dos governos do Brasil, da Argentina, do Chile, Paraguai, Uruguai e da Bolívia, que compõem o Conselho Agropecuário do Sul (CAS), assinaram nesta quarta-feira uma declaração em que priorizam a erradicação da febre aftosa na região. O risco da doença é colocado por muitos países importadores de carne como argumento para imposição de barreiras à produção dos países da América do Sul.
Os ministros da Agricultura da Argentina, Julián Domínguez; do Chile, José Antonio Galilea; e da Bolívia, Nemesia Achacollo, além do diretor-geral de Planejamento do ministério paraguaio, Pánfilo Alberto Ortiz, e do vice-ministro uruguaio, Daniel Garín estiveram em Brasília participando da 21ª Reunião Ordinária do CAS.
Junto com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, eles reforçaram a disposição de ajudar com recursos técnicos e financeiros para que o Paraguai supere as consequências do surto da doença registrado em setembro.
Segundo o Ministério da Agricultura, Mendes Ribeiro propôs que as autoridades paraguaias recebam profissionais do Comitê Veterinário Permanente a fim de desenvolver atividades para a recuperação do status de livre de aftosa com vacinação. O ministro disse que as enfermidades não reconhecem fronteiras e colocam em risco toda a região, por isso, necessitam de ações coordenadas entre os países.
Criado em 2003 pelo Mercosul, o conselho é um fórum de diálogo, consulta e harmonização das ações dos ministérios da Agricultura do Brasil, da Argentina, do Paraguai, Uruguai, Chile e da Bolívia.