A balança comercial dos produtos industrializados gaúchos fechou agosto com o saldo praticamente zerado. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as importações do setor avançaram 38,6%, somando US$ 1,4 bilhão. Já as exportações cresceram em um ritmo inferior (16,6%) no período, atingindo US$ 1,39 bilhão.
- Essa é uma consequência direta da valorização do real perante o dólar, o que torna o setor industrial menos competitivo no âmbito internacional, e, por outro lado, impulsiona as importações - afirma, em nota, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
As vendas externas das indústrias responderam por 74,6% de tudo que o Estado embarcou. No ano passado, essa participação era de 86,6%. Já os produtos básicos cresceram 164,9% no período, praticamente dobrando o seu peso na pauta gaúcha (12,2% para 23,9%), devido, em grande parte, ao aumento verificado nas vendas de grãos de soja (166,3%).
Os setores industriais com os avanços mais significativos nas exportações foram Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (65,2%), Químicos (57%) e Alimentos (34,6%). Já as quedas mais expressivas foram registradas nos segmentos de Tabaco (-29,7%) e Couro e Calçados (-5,9%).
No que se refere aos destinos, a China manteve a primeira colocação em agosto, mais que dobrando a sua participação na pauta do Estado (9,2% para 20,6%) em relação ao mesmo mês do ano passado. Em seguida veio a Argentina, com 10,1%.
O Rio Grande do Sul ocupa a quinta posição entre os Estados exportadores, com 7,1% de participação na pauta brasileira de agosto. O primeiro lugar ficou com São Paulo (24%), seguido por Minas Gerais (15,7%), Rio de Janeiro (11,9%) e Pará (7,8%).
Notícia
Importações ultrapassam exportações industriais no RS
Enquanto as importações avançaram 38,6%, as exportações cresceram 16,6%
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