Enquanto espera pela entrada oficial da Venezuela, o Mercosul corteja novos sócios. Convite formal foi reforçado para a Bolívia e estendido ao Equador durante os preparativos para a reunião de cúpula nesta quarta-feira em Assunção.
Por enquanto, é uma conversa inicial, disse na terça-feira no Paraguai o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Bolívia e Equador já são Estados associados do bloco e demonstram interesse em aderir à área de livre comércio formada por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O ingresso da Venezuela só depende da aprovação do parlamento paraguaio. Os legislativos de Argentina, Brasil e Uruguai já deram seu aval à entrada.
- Chegou o momento de aumentar a aproximação com potenciais candidatos que possam tornar-se membros plenos - disse Patriota.
Estados associados participam de encontros e decisões políticas, mas não têm de seguir regras econômicas comuns, como manter a mesma tarifa de importação a produtos iguais.
A presidente Dilma Rousseff seguiu na terça-feira para a reunião, que não terá a presença da colega argentina. Cristina Kirchner foi desaconselhada a viajar por médicos, "em caráter preventivo". Machucou o rosto durante inauguração quarta-feira passada.
Dilma aproveitará a visita para se reunir com o presidente paraguaio, Fernando Lugo. Será o primeiro encontro com Lugo desde a decisão do Brasil de aceitar pagamento maior pela parte da energia da hidrelétrica de Itaipu que o Paraguai não usa e transfere ao sócio da binacional.
Na conversa, Dilma deve assinar seis acordos bilaterais nas áreas de laticínios, TV digital e fortalecimento de instituições. Algumas parcerias ainda estão em negociação e podem ficar para depois. Além de Patriota, participará dos debates o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Notícia
Líderes do Mercosul negociam entrada de Equador e Bolívia no bloco
Os candidatos deverão ser convidados para se tornar membros plenos
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