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Marcelo Silva: Tendências da primavera na pecuária gaúcha

É preciso equilibrar o tom entre cenários otimistas e pessimistas que perduram a cada período de vendas de touros e reprodutores

 

Renata Valent / Especial

Todos os anos vemos uma grande expectativa no Rio Grande do Sul em relação à chamada temporada de primavera da pecuária gaúcha. A estação das flores também traz à tona um dos principais momentos do nosso mercado da pecuária. É preciso equilibrar o tom entre cenários otimistas e pessimistas que perduram a cada período de vendas de touros e reprodutores

Entretanto, ante as dificuldades, há sempre uma percepção de que o otimismo na comercialização nos brinda com uma tendência positiva que deve se avizinhar ali em 2019.

E o que nos leva a chegar nesta conclusão? O primeiro passo é a liquidez nos leilões, ou seja, vendemos tudo que entra em pista. Essa é uma tônica recorrente ao menos nos eventos que realizamos. Apesar de tudo, o mercado vem absorvendo a oferta neste início de temporada de primavera, o que nos sinaliza que o interesse nos touros e nas fêmeas ofertados é constante. E vem sendo um ponto crucial neste momento.

Isto se deve também à necessidade dos compradores de adquirir touros com alta garantia genética, que lhe tragam resultados na criação, de forma a colocar as vacas em cria. Na atualidade não se pode ter espaço para o erro, é preciso escolher os melhores selecionadores que agreguem resultados para os plantéis. E nisto os gaúchos são destaque para oferecer um melhoramento e seleção especial aos seus compradores, especialmente quando falamos no Brasil Central.

E falando no centro do país, este é um ponto que merece grande atenção nossa. A demanda por animais de raças sintéticas, como o brangus e o braford. Este interesse crescente do mercado do centro do país vem se reforçando a cada ano que passa pelos animais que levam ao agropecuarista destas regiões resultados para os plantéis. Estamos conscientes e seguros de que essa será uma das principais vertentes desta temporada de comercialização e foi o que sentimos nesta arrancada dos primeiros remates de primavera.

O agropecuarista, esperançoso de que o ano de 2019 será muito melhor que este, alimenta esta tendência. Mas nossa expectativa é que esta retomada já comece, de certa forma, neste período de 2018. Que a estação das flores nos traga agradáveis surpresas.

*Marcelo Silva é leiloeiro rural e diretor da Trajano Silva Remates

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