Principal evento de moda do Brasil, a São Paulo Fashion Week (SPFW) instituiu seu próprio código racial. Em parceria com o grupo Pretos na Moda, o acordo estabelece que as grifes participantes devem ter, pelo menos, 50% de seu casting formado por negros, afrodescendentes e/ou indígenas. Ao longo deste sábado (31), a medida ganhou forte apoio da comunidade fashionista. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Outros 24 nomes, entre donos de agências, stylists, produtores e diretores de desfiles assinaram o documento. Anderson Baumgartner, da agência Way Model, Rodrigo Toigo, da agência Ford, e Fernando Herbertr, da Joy, são alguns dos signatários.
No que tange as exigências, o documento busca promover, acima de tudo, a equidade racial e as boas condições de trabalho para modelos, costureiras e camareiras.
Além disso, está estipulado um cachê entre R$ 600 e R$ 800 para os modelos – esse valor será definido com base no orçamento das marcas que participarão do evento – e com prazo máximo de pagamento em até 90 dias após a realização do trabalho. Soma-se a esse valor a cobrança de uma taxa de 20% das agências.
Outra demanda é que os pedidos por modelos contemplem também, além de pessoas não brancas, as que não sejam magras.
Vale ressaltar que esses valores e o código – que não tem punição para quem o descumprir – já valeriam para edição do SPFW deste ano, entre os dias 4 e 8 de novembro, de maneira virtual.