Ciência, impacto social, diversidade, moda, igualdade de gênero, inclusão, maternidade. Os temas são muitos, mas as histórias das oito mulheres se repetem: todas foram além do desejo de viver em um mundo melhor e decidiram que cabia a elas mesmas tomar uma atitude. E o que cada uma fez mudou a realidade à sua volta (ou pelo país afora).
Na quarta edição do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram, temos a alegria de divulgar as oito finalistas deste ano, selecionadas entre centenas de indicações de profissionais e especialistas de diferentes áreas de atuação, de leitores e também de jornalistas e colaboradores do Grupo RBS.
Leia e inspire-se no exemplo de Lau Patrón, uma das finalistas desta edição. As vencedoras serão anunciadas na última edição da revista deste mês.
Lau Patrón
Lau Patrón, 30 anos, está acostumada a reviravoltas. Viu sua vida mudar quando descobriu uma gravidez aos 22. Depois, passou por um dos momentos mais difíceis de sua história: com um ano e oito meses, seu filho, João Vicente, ficou 71 dias no hospital e recebeu o diagnóstico de uma doença rara, a SHUa (Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica), que afeta o sistema imunológico. A publicitária precisou se reinventar para uma nova maternidade, já que João sofreu um AVC e teve suas funções motoras comprometidas. Palavras como diversidade, inclusão, acessibilidade e preconceito ganharam destaque no vocabulário da família e nas redes sociais: Lau lançou, há quatro anos, o projeto Avante Leãozinho, com campanhas para custear o tratamento do filho, hoje com sete anos, e também para compartilhar as vitórias do menino por meio dos perfis.
A publicitária passou por mais uma grande virada em 2018: tornou-se referência nacional ao lançar o livro 71 Leões, viu o vídeo no qual fala abertamente da solidão das “mães especiais” viralizar na internet, ganhou visibilidade ao participar do programa Encontro com Fátima Bernardes, emendou dezenas de palestras pelo país e foi convidada para ser madrinha de projetos sobre a maternidade atípica.
– A inclusão não é um favor. É respeitar as diferenças do outro olhando sempre de igual para igual. A diversidade é nossa grande força, e não nossa fraqueza – afirma.
Quatro capitais receberam sessões de autógrafos do livro que expõe os altos e baixos dos 71 dias de internação de João e os desafios daquele período. O público recebeu a história de braços abertos, e as mensagens carinhosas endereçadas a eles se multiplicam nas redes.