Aproveitando o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, que é celebrado nesta terça-feira, quis destacar algumas mulheres negras brasileiras de relevância significativa em algumas áreas. Mulheres pioneiras ou que protagonizaram momentos marcantes em 2018.
Reconhecer a representatividade das mulheres negras que "chegam lá" é fundamental para empoderar outras que estão a caminho, lutando para alcançar seus objetivos, apesar das dificuldades que a gente sabe que envolvem esse grupo populacional.
Abaixo, conheça uma breve história de dez poderosas:
Na internet: Nátaly Neri
Nátaly é youtuber e comanda o canal Afros e afins, que tem mais de 470 mil inscritos. Também é ativista dos direitos negros e LGBTQI, além de falar sobre produtos e alimentos veganos.
Nátaly foi a representante brasileira no evento do #YoutubeBlack de 2018, realizado em Washington, nos Estados Unidos, um encontro com os maiores produtores negros da plataforma.
No empreendedorismo: Rosane Terragno
Empresária do ramo da beleza há cinco anos, Rosane criou a Divas Bllack, uma linha de maquiagens com bases exclusivamente para a pele negra. Ela percebeu a necessidade da mulher negra no segmento e está recebendo seu merecido reconhecimento por ir na "contramão" do mercado.
Na beleza: Camila Nunes
Em setembro, a blogger, que acumula mais de 180 mil seguidores no Instagram, lançou o livro A beleza é para todas as cores, onde conta um pouco da sua história de influenciadora, além de dar muitas dicas de beleza e maquiagem para negras. A intenção dela é inspirar outras meninas e mulheres.
Na música: Elza Soares
Aos 88 anos, a cantora lançou o disco Deus é mulher, ganhou um musical em sua homenagem que está rodando o Brasil e acaba de ter sua biografia assinada por Zeca Camargo lançada.
Na literatura: Conceição Evaristo
Autora e ativista dos direitos negros, a escritora mineira não conseguiu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, mas não foi por falta de apoio. Houve uma comoção pública em torno de seu nome, o que a tornou ainda mais conhecida.
Na educação: Joana Luz
Primeira mulher negra eleita para assumir a reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Joana Angélica Guimarães da Luz é geóloga por formação e doutora em engenharia ambiental. Além disso, tem 12 anos de experiência em gestão na área de educação.
No esporte: Marta
Marta foi eleita pela sexta vez a melhor jogadora de futebol do mundo, um fato inédito na história do esporte. Neste ano, a atleta também se tornou Embaixadora da Boa Vontade na ONU Mulheres, para apoiar o trabalho pela igualdade de gênero e empoderamento no esporte.
No jornalismo: Joyce Ribeiro
A jornalista da TV Cultura foi a primeira negra a comandar um debate presidencial no Brasil. E sua mediação rendeu muitos elogios. Antes disso, Joyce foi a primeira apresentadora negra em um jornal, em horário nobre.
No cinema: Camila de Moraes
A gaúcha se destacou na direção do documentário O Caso do Homem Errado, que narra os acontecimentos do assassinato de Julio Cesar, um operário negro na década de 1980, em Porto Alegre. Ela foi a segunda diretora negra a ter um filme exibido em salas comerciais no Brasil. Um feito e tanto!
Mulher do ano: Marielle Franco
Sem dúvida, 2018 foi o ano de Marielle. A vereadora, que tinha como pauta principal os direitos dos negros, das mulheres, dos LGBTs e periféricos, foi assassinada junto de seu motorista Anderson Gomes, em março, no Rio de Janeiro.
Apesar da tragédia, Marille plantou uma semente de força e luta para milhões de brasileiros com os movimentos #MariellePresente e #MarielleVive. Apesar da impunidade do crime, a data da morte, 14 de março, passou a ser o dia contra o genocídio da mulher negra, após uma lei ser sancionada no Rio de Janeiro.
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