Foram 15 dias de vivências na Tanzânia em duas fases: os safáris e a praia. Acredito que poderia ter incluído mais uma etapa neste roteiro, que seria a escalada ao Kilimanjaro, a maior montanha da África, em Arusha. Fiquei um dia apenas na cidade e não sabia que qualquer um - que tenha disposição - poderia fazer a trilha, então, não consegui me organizar para percorrê-la. Fica a promessa de um retorno.
Dicas básicas
Tomar água engarrafada: você não quer perder a viagem por conta de uma possível contaminação, né? Então, é bom prestar atenção e só beber água engarrafada e evitar qualquer bebida com gelo ou que possa levar água - como sucos e batidas, por exemplo. Ah, inclusive, para escovar os dentes é bom usar a água de garrafa, os próprios hotéis já deixam à disposição nos banheiros.
Usar o dinheiro local: chegando ao país, já aproveite para trocar seus dólares por xelim, a moeda local. A prática da gorjeta é bem forte na Tanzânia e, por isso, é importante ter algumas notas em valores mais baixos para oferecer a quem lhe prestar algum serviço. Se você tentar usar dólar em lojas e restaurantes, é possível que aceitem, mas o troco virá no dinheiro deles, o que não é nem um pouco favorável ao seu bolso.
Não tire foto das pessoas sem autorização: é muito normal que os turistas fiquem impressionados com o estilo africano e saiam fotografando todas as pessoas que lhes cruzam o caminho. Não é legal e pode até gerar agressões. Fica sempre o alerta de que se você desejar fotografar alguém deve lhe pedir autorização antes - talvez, tenha até que dar alguma gorjeta no caso de serem de tribos massais, por exemplo.
Safáris
Contrate uma empresa: se você pretende fazer os principais parques e reservas - Serengeti, Ngorongoro e Tangire - é importante contratar uma empresa para guiar o percurso. No meu caso, fui com a Kobo - que se encarregou dos translados, das hospedagens e dos safáris. É bacana que o mesmo guia turístico segue junto ao grupo desde o início e cuida de todos os detalhes para a turma.
Tem que ter disposição: safári não é um programa para qualquer um, não. Tem que ter disposição para acordar cedo, passar os dias inteiros na savana e almoçar lanches dentro do carro mesmo ou em algum lugar de piquenique e viajar muitos e muitos quilômetros entre um parque e outro. É puxado, mas as paisagens e a experiência é muito válida.
Itens essenciais: roupas compridas e claras, boné ou chapéu, repelente, protetor solar, binóculos e máquinas fotográficas boas - de preferência com um zoom potente. Foi a única ocasião, em toda a Volta ao Mundo, que meu iphone não foi suficiente para recordar boas imagens. Quando os animais estavam distantes, era impossível captá-los. Perdi alguns bons cliques.
Tribos Massais: não deixe de visitar uma tradicional tribo massai e entrar em suas ocas e observar o estilo de vida peculiar e rústico da origem africana. Os guias podem parar em alguma vila no meio do caminho, mas, provavelmente, há de se pagar uma taxa para conferir de perto os costumes e tradições. De qualquer forma, vale a pena.
Dica extra: se tiver a oportunidade (e grana o suficiente), hospede-se nos acampamentos de luxo em meio à savana. São barracas com todo o conforto que se pode esperar, mas com o clima de acampamento na selva. Deve ser uma experiência e tanto!
Veja mais:
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Zanzibar
Cidade de Pedra: Tire ao menos um dia do seu roteiro para visitar a Cidade de Pedra, na capital da ilha. No tour, é possível visitar o mercado público, passar pela casa onde Freddy Mercury nasceu e passou parte da infância (sim, o vocalista do Queen era africano) e conferir o Memorial da Escravidão. Zanzibar foi a principal porta de entrada de escravos na África e tem uma história rica em lembranças desta época.
Kitesurfe: se você é ligado em esportes radicais e no mar, saiba que esta é uma das melhores regiões para praticar o esporte. Aulas também são oferecidas em diversos lugares para quem quer aprender e entrar na onda - literalmente.
Cuidado com os corais: como de manhã a maré é bem baixa, dá para caminhar entre os corais e se divertir observando diversas espécies marinhas. No entanto, é muito fácil se machucar ao pisar em falso ou em algum bicho desavisado. Neste caso, a dica é levar papetes, sapatos de borracha que protegem os pés neste tipo de passeio (aliás, eu indicaria sempre ter uma em caso de viajar à praia).
Temperos e especiarias: Zanzibar é conhecida pelas fazendas enormes de temperos e especiarias. Você pode visitá-las e ver de perto a origem dos produtos, ou passar no mercado e aproveitar para levar um estoque de chás, aromas e sabores para casa.
Veja mais sobre Zanzibar:
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