O caminho traçado pelas mulheres em busca de seus direitos, de seu espaço e reconhecimento, é marcado por personagens brasileiras nem um pouco fictícias. E como uma luta sem exemplos práticos perde força, elas foram em busca de seus desejos e construíram um legado capaz de influenciar nossas rotinas até hoje.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, conheça – ou saiba mais sobre – oito das mulheres mais poderosas da história das conquistas do gênero no Brasil.
Nísia Floresta
Tida como uma das primeiras feministas brasileiras, Dionísia Gonçalves Pinto utilizava o pseudônimo Nísia Floresta Brasileira Augusta para publicar artigos e poesias. Nascida no interior do Rio Grande do Norte em 1810, ela era também professora e tradutora.
Foi umas das primeiras mulheres a publicar produções textuais em um jornal, dirigiu uma escola de meninas no Rio de Janeiro e escreveu livros, sendo um deles a favor dos direitos das mulheres, dos nativos e escravos. Nísia morreu em 1885, em Paris.
Bertha Lutz
Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, em 1894, e traçou sua carreira pública como diplomata e política empenhada em movimentos como o Pan Americano Feminista e de Direitos Humanos.
Em 1919, Bertha fundou a Liga Intelectual da Emancipação das Mulheres e representou o país no Conselho Internacional Feminino. Seu empenho e dedicação a tornaram uma das principais líderes da luta sufragista no país.
Celina Guimarães Viana
Celina Guimarães Viana, nascida em 1890, foi ferrenha ao defender o direito feminino ao voto e acabou se tornando a primeira mulher brasileira a votar, caso histórico ocorrido em Mossoró em 1928.
Além de sufragista, a potiguar foi professora.
Pagu
Patrícia Rehder Galvão, nasceu em 1910 e atuou como escritora, poetisa, jornalista e tradutora.
Conhecida como um dos nomes da Semana de 22 de São Paulo, foi a primeira mulher a ser presa por como militante política no Brasil.
Rose Marie Muraro
Nascida no Rio de Janeiro, em 1930, Rose Marie atuou como socióloga e foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Mesmo tendo vivido ao longo de toda sua vida praticamente cega, a carioca escreveu mais de 40 livros, entre eles muitos questionavam a mudança dos valores sociais modernos.
Leila Diniz
A tão comentada atriz brasileira Leila Diniz levou ao cenário televisivo e teatral de sua época atitudes e concepções sobre sexo que desagradaram não somente o governo militar, mas também muitas mulheres.
Tida como uma das principais vozes da quebra de barreiras de gênero na produção artística, Leila faleceu em 1972.
Maria da Penha
Vítima de violência doméstica, a cearense Maria da Penha, de 79 anos, tomou seu caso como inspiração e, em 2006, viu seu nome dar título à lei que condena severamente agressores.
Juliana de Faria
Em 2013, a jornalista Juliana de Faria fundou o Think Olga, um projeto feminista que fomenta discussões de diversos ângulos da nova geração de mulheres no brasileiras. Eleita uma das oito mulheres mais inspiradoras do mundo pela Clinton Foundation, é também autora das campanhas Chega de Fiu Fiu e #PrimeiroAssédio.